Um homem adulto consome diariamente 1,5kg de alimento sólido, 2kg de água e 15kg de ar, do qual os retiram o oxigênio que o sangue distribui pelo corpo. Esse mesmo homem pode viver cinco semanas sem comida, cinco dias sem água, mas não mais que cinco minutos sem ar. Isso significa que somos obrigados a respirar o ar disponível – poluído ou não.
Veículos e indústrias são dois dos maiores fornecedores de agentes da poluição. Chaminés despejam, sem parar, toneladas de enxofre, óxido de nitrogênio, ácido sulfúrico, dióxido de enxofre, ácido fluorídrico, hexacloreto de benzeno, sulfeto de carbono, cloro, fenóis, e outras substâncias nocivas.
Um automóvel em movimento solta monóxido de carbono (CO) pelo cano de escapamento. Esse gás é mortal em ambiente fechado. Mas sua presença no ar que nos cerca nas ruas é suficiente para causar problemas ao coração, á pele e ao delicado sistema nervoso central. Outro gás encontrado na descarga de automóveis é o dióxido de nitrogênio (NO2), que ataca as mucosas pulmonares, provocando ardências, dores de garganta, violentos acessos de tosse e falta de ar. Os adtivos dissolvidos na gasolina contêm chumbo tetraetila. Em suspensão no ar, ele é facilmente absorvido pelo organismo.
Depositando-se nos ossos, em algum tempo causa gravíssimas intoxicações. Em casos agudos, pode provocar estado de coma, convulsões epilépticas, morte prematura ou defeitos físicos permanentes. Mulheres grávidas expostas a esse poluente estão sujeitas a abortos e partos prematuros. Uma simples freada liberta partículas de amianto, consideradas cancerígenas.
Não é sem razão que um relatório da Organização Mundial de Saúde, publicado em 1972, mostrou que as cidades se tornaram perigosos “focos cancerígenos”, ou seja, as populações urbanas contraem câncer com mais freqüência que as rurais. A poluição é, certamente, um do motivos. Determinadas zonas de São Paulo, Tóquio e Detroit concentram os maiores índices de poluição do planeta.