O professor de Química deve apresentar o seguinte perfil:
1. Reconhecer a Química como parte da cultura humana, portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas do saber, e é influenciada por elas.
2. Compreender o conhecimento químico como sendo estruturado sobre o tripé: transformações químicas, materiais e suas propriedades e modelos explicativos, entremeados pela linguagem científica simbólica própria da Química.
3. Conhecer os conteúdos fundamentais da Química com uma profundidade que permita identificar as ideias principais presentes nesses conteúdos e articulá-las, estabelecendo relações entre eles e abordando-os sob diferentes perspectivas, tendo em vista a formação do aluno como cidadão.
4. Avaliar as relações entre os conhecimentos científicos e tecnológicos e os aspectos sociais, econômicos, políticos e ambientais ao longo da história e na contemporaneidade, sendo capaz de organizar os conteúdos da Química, ao tratar o tripé transformações – materiais – modelos explicativos, em torno de temáticas que permitam compreender o mundo em sua complexidade.
5. Organizar o estudo da Química a partir de fatos perceptíveis, mensuráveis e próximos à vivência do estudante, caminhando para as possíveis explicações mais abstratas e que exigem modelos explicativos mais elaborados, de modo a respeitar o nível cognitivo do estudante e criar condições para seu desenvolvimento.
6. Compreender a ciência como construção humana, social e historicamente situada, estando, portanto, sujeita a debates, conflitos de interesses, incertezas e mudanças. Promover o ensino da Química de maneira condizente com esta visão, em contraposição à ideia de ciência como verdades absolutas e imutáveis.
7. Propor e realizar atividades experimentais de caráter investigativo com objetivo de conhecer fatos químicos e construir explicações científicas fundamentadas em dados empíricos e proposições teóricas. Desenvolver, neste percurso, habilidades e competências científicas tais como observar, registrar, propor hipóteses, inferir, organizar, classificar, ordenar e analisar dados, sintetizar, argumentar, generalizar e comunicar resultados, estando ciente das possibilidades e limitações da experimentação no desenvolvimento e na aprendizagem da ciência.
8. Valorizar, ao propor temas para o ensino, o tratamento de questões ambientais, de maneira articulada com outras áreas do conhecimento, tendo em vista o desenvolvimento de atitudes pró-ambientais, tanto em âmbito individual quanto coletivo.
9. Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos, situações em que o conhecimento químico tratado em sala de aula se articula com a experiência cotidiana, seja refutando, corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.
10. Reconhecer o papel ativo do aluno na construção de seu próprio conhecimento, sabendo propor atividades que incentivem a pesquisa, a capacidade de fazer perguntas, de analisar problemas complexos, de construir argumentações consistentes, de comunicar ideias e de buscar informações em diferentes fontes.
Bibliografia para Química
1. BAIRD, Colin. Química ambiental. Trad. Recio, M.A.L e Carrera, L.C.M; supervisão técnica: Grassi, M.T. 2ª. edição. Porto Alegre: Bookmann, 2002.
2. CANTO, E. L. Minerais, Minérios, Metais: De onde vêm? Para onde vão? 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2008.
3. CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal?. 2a. reimp., trad Fifer, R. São Paulo: Brasiliense, 2009.
4. CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 2ª ed. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2001.
5. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e Transformações – Química para o Ensino Médio. Livros I, II. Guia do professor: livro do aluno – São Paulo, 1995/2007.
6. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e Transformações – Química e a Sobrevivência – Atmosfera – fonte de materiais. São Paulo, EDUSP, 1998.
7. GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e Transformações – Química para o Ensino Médio. Livros I, II. Guia do Professor: livro do aluno – São Paulo, 2007, 1995.
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9. MARZZOCO, A.T., TORRES, B.B. Bioquímica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 3ª Ed, 2007.
10. PESSOA de CARVALHO, A. M.; GIL-PEREZ, D. (2001). Formação de professores de ciências. 9ª. ed . São Paulo: Ed
Cortez, 2009.
11. QNESC. Cadernos temáticos da revista Química Nova na Escola. Caderno Temático #1 – Química Ambiental; Caderno Temático #2 – Novos Materiais; Caderno Temático #3 – Química de Fármacos; Caderno Temático #4 – Estrutura da Matéria: uma visão molecular; Caderno Temático #5 – Química, Vida e Ambiente; Caderno Temático #7 – Representação Estrutural em Química. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos .
12. ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à Química Ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2009.
13. SOLOMONS, T.W.G. Química Orgânica. Vol. 1 e 2, Rio de janeiro: J LTC, 2009.
14. TOLENTINO, M.; ROCHA-FILHO, R. C.; SILVA, R. R. A atmosfera terrestre. Coleção Polêmica. 2ª ed. São Paulo: Ed. Moderna, 2008.
15. ZANON, L.B. (org.) MALDANER, O A. (org). Fundamentos e Propostas de Ensino de Química para a Educação Básica no Brasil. Ijuí: UNJUÍ, 2007.
Documentos para Química
1. BRASIL. Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias – PCN+. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf.
2. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. CENP. “Oficinas temáticas no ensino público: formação continuada de professores” SE/CENP. São Paulo: FDE, 2007. Versão impressa e versão digital disponível em: http://www.educacao.sp.gov.br. (selecionar “rede do saber”, arquivos, selecionar “listar todos os arquivos, p. 10, “oficinas de química”.)
3. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para o ensino de Química para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em: http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_QUI_COMP_red_md_20_03.pdf